Ela e eu
somos unha muller que fica irresoluta
a carón do negro pano, nun entreacto
Onde burkas psicolóxicos
penduran bolboretas mortas
Apegadas nas lámpadas
dos afumados teitos dun antonte
Parece improbábel que atope unha saída
seica vivo, ou non vivo
mais, permanezo paralizada
coma os paxaros fusionados nos paus da luz
naqueles postes, que circundan as estradas vellas
Arredor do meu embigo coido que
gabean todos los contos e crean labirintos
valados imposíbeis
Poema publicado en "MULHERES entre poesia e luita".
2 comentários:
OLá Cruz
Gostei de aqui vir. És muito linda. É muito lindo o que escreves.Nunca estarás só porque muitos te visitarão e gostarão de ti.
Beijos
Muito obrigada Henrique pelas tuas belas palavras. Beijos
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